Via Collider: O jogo “Twelve Minutes” foi exibido durante o showcase inaugural do Tribeca Games deste ano.
Apresentando o elenco de vozes repleto de estrelas, como James McAvoy, Daisy Ridley e Willem Dafoe, junto com o diretor criativo Luis Antonio, o vídeo de quase 10 minutos investiga os temas do jogo e revela os desafios particulares de fazê-lo. Este jogo não foi apenas feito observando as precauções de COVID, ele apresenta uma narrativa complexa com muito alcance emocional para seus personagens, o que exigiu performances diferenciadas dos atores para imergir totalmente as peças na história.
Confira abaixo o vídeo exclusivo com o elenco de “Twelve Minutes”:
Luis Antonio conversou com o site Collider e falou um pouco sobre como foi o processo com os atores, confira:
Collider: Como é que James McAvoy, Daisy Ridley e Willem Dafoe começaram a estrelar como os seus principais jogadores neste jogo?
Luis Antonio: Quando este projeto ainda era um esforço de uma pessoa, o objetivo era ter balões de diálogo como Kentucky Route Zero ou outros jogos de aventura semelhantes. À medida que crescia em fidelidade visual e fiz parceria com a Annapurna Interactive, nos perguntamos se trazer esse elenco elevaria a experiência. Algo que sabíamos que poderia ser alcançado.
Fizemos alguns testes e percebemos que não só ajudou a reforçar a abordagem cinematográfica que estamos adotando com este título, mas também aumenta a imersão e como você se conecta com os personagens. Tudo depende do jogador se conectar com esses personagens e se preocupar com o que acontece com eles.
Collider: Podemos ver algumas das nuances de suas performances neste vídeo, bem como o processo para conduzi-las por uma narrativa ramificada. Como foi esse processo de gravação um tanto não tradicional para você e seus atores?
Luis Antonio: O maior desafio foi converter um fluxograma ramificado não linear de conversas em algo digerível e legível para os atores. O roteiro era muito grande para ser memorizado, então criamos biografias detalhadas para cada personagem, desde o nascimento até o início do loop, permitindo que os atores entendessem a motivação de seus personagens, não importando a situação que jogássemos com eles. Também garantimos que as sessões fossem organizadas de forma semicronológica. Eles gravaram suas falas juntos tanto quanto possível, para que pudessem refletir a energia um do outro, dando-nos uma performance orgânica e crível.
Para o elenco, não posso falar por sua experiência. Ainda assim, admiro como eles puderam registrar uma tonelada de trocas específicas com variações sutis (dependendo de todas as combinações que podem ter acontecido até aquele ponto) e sempre torná-las dinâmicas, envolventes e frescas. Eles trouxeram profundidade e complexidade aos personagens que não existiam antes, e até acabamos fazendo algumas reescritas após as gravações iniciais para que pudéssemos usar o máximo possível a riqueza que eles traziam para a experiência.